terça-feira, 8 de julho de 2008

Vícios e amparos.

Ando por aí, meio perdido, meio afastado do que me faz bem. Engraçado que andar é o mais antigo vício dos homens e que muitas vezes não se sabe pra onde se está indo. É entre um pé na lama e outro no chão que a revelação vem: você andou perdendo muito tempo, companheiro. Se martirizou por muita coisa que nem havia necessidade, trouxe a culpa do que não existia e quis dormir com ela até seus olhos não se abrirem mais. Aí então você ficou cego, não enxergou mais caminho algum e se prendeu a sua capacidade de ser domesticado. Ficou calado perante a grosseria do mundo porque és paciente. Nunca se libertou do que você não é...


agora, longe de tudo, anda fumando o que não deve, bebendo além da conta e procurando um caminho, não sabe qual. Se o velho ou outro mais recente. Se ainda tens aquela vontade de arriscar que sempre te faziam perder algumas bolas de gude quando criança, procura algo de novo, diferente e complexo, eu bem sei que esse é teu vício.
-Foi o medo que me fez assim, eu tento me controlar, ter paciência,mas não consigo. é o medo que me faz assim.

-Já pensou em não culpar o que você não conhece?

-Eu tenho medo até que você não acredite em mim, é isso que está acontecendo.

-Você não sabe do que stá falando e procura uma saída mais fria para o seu orgulho. Admita que tem algo mais interessante por aí...

-Pára de falar e escuta!

-Admita que você vê mais graça na sua religião e em sorriso de outras pessoas. Você foi feliz até quando se interessou pela minha carne, quando isso acabou você me tratou como idiota!

-Idiota!




E lá se vai o amor quebrando pratos noite à fora...