É uma eterna busca. Quanto mais a
gente acha que está no lugar exato, toda exatidão se esvai e não sobra mais
quase nada. O que vão contar como seus são alguns acessórios, o cachorro que não
ladra mais e toda uma vida que nos indispomos a viver. O sentimento é impalpável, mas é agora.
Procurando pela cidade um remédio
para a culpa, uma noite em claro, duas noites que poderiam ser tantas outras,
de tantas formas. Pelos becos da memória ainda fresca, perambula toda a vontade
de ter feito as coisas de outra forma.
Enquanto as pessoas lhe olham com
tanta curiosidade, lhe têm como peça de desejo e outras coisas que queriam que
fosse, tudo anda num descuido só. O desapego pelas coisas e o apego nunca mútuo
pelas pessoas faz tudo empoeirar-se. Encardido das idéias, ele deita em sono
profundo, mesmo sem querer. As vezes o corpo pede, as vezes ele prega peça, no
sentido das coisas o corpo quer é ensinar que estamos em estado de eterno
aprendizado.
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