segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Recortes de fim de tarde.

e de tarde
e benfica
e cai a tarde
no benfica.
meu bem
quem bem fica
não precisa ir embora
na melhor hora,
essa em que
choram homens
mulheres e meninos,
eu bem vou ficar
pra esperar o sol se
posicionar
entre mim e o horizonte
e esse pesar gigante
que faz a gente quase parar
pode cair, ir embora
quando a gente pensar
que a hora é de amor.
é agora
quando o sol alaranjar.
vou falar ao padeiro
que ele tem que cortar aquele bigode
e o futuro é pra quem pode
em nada pensar
quando a aurora virar
minha cabeça
dentro de mim
eu sempre vou pensar
nas respostas que nem estão por vir
e que inquieta
quem se diz poeta
numa completa
quebra
do turbilhão
do pensar difícil
do meu sifílico modo de enxergar,


a minha saudade...


vem com aquele sol se pondo...



.


Eu sempre me pergunto...



e nunca me respondo.



Sei que erro o erro dos humanos, mas nunca me sinto parte deles...


nessa hora, que a terra cora e Caetano canta pra não morrer de tristeza

é na sutileza que eu escorrego.


Se eu erro e não nego


é porque me entrego


ao alaranjado daquele sol,
à distância entre mim e o horizonte,


ao findar a tarde
vou ter esperança nas noites frias e solitárias
fazendo do clichê um detalhe,
da vida uma incerteza


vou depurar o tempo,
pra que ele nunca me pese sobre as costas.

3 comentários:

gloria disse...

escritos plantados de densidade e lirismo.
na tarde
ou com a primeira fresta do sol
um bem sempre
fica
para quem se diz poeta
ou não
.................

mesmo que se ecorregue na sutileza.

bjs

Mônica. disse...

minutos infinitamente repletos de poesia.

compartilho do: "Eu sempre me pergunto...
e nunca me respondo."

Uma Escada para o Nada disse...

bem, já temos textos o suficiente.
num acha? escreve mais uns dois ou mexe mexe mexe naqueles q tu já tem. e pronto. a gente faz o lançamento lá no bar do zé, domingo, fim de tarde. q acha?
besos